Licenciada em Letras, jornalista de profissão foi uma das primeiras mulheres a entrar na redacção dos jornais. Escreveu em revistas e jornais e fez reportagens sobre a situação das mulheres. Autora de artigos e de livros, um deles apreendido pela polícia política da ditadura salazarista: Revolução Meu Amor, sobre os acontecimentos do Maio de 1968. Foi vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e presidente da caixa de previdência e abono de família dos jornalistas. Foi presidente da Liga dos Direitos das Mulheres, associação feminista formada em 1985. Foi uma das pioneiras na luta pela despenalização do aborto em Portugal com a reportagem na televisão, em 1976, : “Aborto, o crime está na lei”, tendo sido por esse facto julgada, criando-se um grande movimento de solidariedade que deu origem a plataformas de mulheres e associações que defenderam a alteração da lei que penalizava as mulheres que abortavam.
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