Centro de documentação
e arquivo feminista
elina guimarães

Projeto Memória e Feminismos
Múltiplas Discriminações

multiplasdescriminacoesReformulação de projeto

INTRODUÇÃO
Na última edição do Projeto Memória e Feminismos A voz das feministas num percurso de 40 anos, assumimos uma proposta arrojada por ser inovadora ao delinear a análise de histórias de vida das mulheres constantes em acervo, no Centro de Documentação e Arquivo Feminista da UMAR. Espólio este constituído pelos livros editados, vídeos com a captação do testemunho das mulheres com quem trabalhamos, transcrições integrais das entrevistas. Tudo isto pode ser visionado através do portal do Centro de Documentação e Arquivo Feminista, bem como através da página do youtube do Projeto Memória e Feminismos.

Deste espólio memorialístico consta também a captação da imagem e som do que se passou em diversos seminários, bem como o registo áudio de workshops efetuados.

Do acervo de perto de 70 entrevistas, salienta-se ainda os painéis efetuados para aquelas mulheres que disponibilizaram as suas histórias de vida e que têm sido vistas em várias escolas, faculdades, associações, bibliotecas, etc. De todas as “viagens” dos painéis e dos debates subsequentes, tem sido dado conta através dos relatórios enviados para a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. A título de exemplo estivemos este ano na Galiza, num seminário onde expusemos a essência do projeto e apresentamos alguns dos painéis quer na Galiza, quer na semana da Igualdade em Almada.

De salientar que todo este esforço coletivo de recolha se insere num projeto mais vasto que é a de um futuro contributo para a História das Mulheres em Portugal. Contributo esse, só possível de ser efetuado por uma associação feminista implantada no terreno, que ouve as mulheres arredadas do processo historiográfico. Invisíveis. Mas são estas as mulheres do nosso país.

Constatamos através da análise que foi feita de histórias de vida por investigadoras feministas, que existem setores de mulheres cujas vidas enriqueceriam em muito o espólio já encontrado.

Falamos de mulheres de diferentes orientações sexuais, de diversas etnias, de religiões minoritárias no nosso país, mulheres imigrantes, de mulheres não sujeitas à dicotomia de género, mulheres que exercem profissões excludentes.

Os feminismos procuram integrar e acolher tudo o que sai fora da norma na sua capacidade de se interrogar sobre novas formas de viver os quotidianos, desde as intimidades ao exercício da cidadania.

Dado a verba atribuída ao projeto da UMAR sobre “múltiplas discriminações” ter sido alvo de corte substancial por parte da pequena subvenção da CIG, vimos apresentar uma proposta de reformulação do projeto em causa.

A UMAR consubstancia a sua vertente reflexiva através da disseminação de tertúlias onde estarão presentes mulheres vitimas de discriminação. As conclusões serão apresentadas em seminário final.

OBJETIVOS
1. Realizar tertúlias de reflexão em torno de cada grupo discriminado.
2. Seminário “Múltiplas discriminações, as realidades invisíveis de quem está na margem”

ATIVIDADES
1. Contactar mulheres para participar nas tertúlias
2. Tertúlias de reflexão
3. Divulgação das tertúlias no portal do Centro de Documentação
4. Edição de brochura com as conclusões das tertúlias
5. Seminário
6. Edição de vídeo